MP-AP participa de Jornada de diálogo entre movimentos feministas e Poderes
A 1ª Jornada de Diálogos dos Movimentos Feministas e Poderes foi realizada na quinta-feira (25), mobilizando lideranças, militância, gestores e agentes públicos para discutir os impactos do feminicídio na família e na população.
Da Redação
A promotora de justiça Klisiomar Lopes, coordenadora das Promotorias de Justiça do Tribunal do Júri de Macapá e titular da 2ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri, representou o Ministério Público do Amapá (MP-AP).
A Jornada foi planejada para promover o diálogo de membros de movimentos feministas, gestores, técnicos e representantes de instituições, a fim de intensificar as políticas públicas de enfrentamento de mortes violentas de mulheres e discutir a garantia de direitos humanos aos órfãos e familiares.
A promotora participou da abertura, junto com a secretária de Políticas Para as Mulheres, Adriana Ramos; a juíza de direito Elayne Cantuária; a Tenente Waldenice Santos, da Patrulha Maria da Penha, Joaquina Lino, coordenadora estadual do Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia (MAMA); Synia Gurgel, conselheira federal da OAB/AP; Ester Lima, representante da Secretaria de Assistência Social (SIMS). A irmã de Ana Kátia Silva, vítima de feminicídio em 2020, e Aldinéia Miranda, mãe de Emily Miranda, cujo crime de feminicídio foi julgado nesta semana, também compuseram o dispositivo.
A juíza Elayne Cantuária, Ouvidora da Mulher no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), proferiu a palestra magna com tema “Os Impactos na Família e na Sociedade Amapaense”. Dois painéis foram debatidos, “Os Efeitos Causados nas Famílias das Vítimas e Sociedade”, com a presença de lideranças de movimentos; e “Atuação do Estado no Processo de Reorganização da Família e Sociedade”, do qual a promotora Klisiomar participou, juntamente com outras representantes de órgãos públicos.
A promotora destacou que a violência contra as mulheres ocorre não somente em casa, mas em todos os ambientes, independente de posição social, profissão ou idade. Ela explicou ainda a respeito das ações do MP-AP para combater a violência, atender as vítimas e dar apoio aos filhos e familiares, reforçando a importância do Centro de Atendimento às Vítimas “Nós Pertencemos” (CAVINP), que está em fase final de implantação para funcionamento.
“Precisamos nos fortalecer cada vez mais, nós do MP-AP e gestores temos que sair dos gabinetes, nos aproximarmos da sociedade, das famílias e dos movimentos sociais para que eles sejam a nossa voz. O MP-AP tem uma atuação intensa no combate ao feminicídio e violência doméstica, a exemplo da criação do CAVINP, que irá dialogar com a rede de apoio, dar acolhimento às mulheres e demais vítimas de violência, com vistas à garantia da proteção no atendimento especializado e humanizado para as vítimas diretas e familiares, com psicólogos e assistente social, como unidade de apoio no âmbito do Ministério Público”, disse a promotora.
Sobre o CAVINP
O CAVINP é resultado do projeto Nós Pertencemos, da Coordenação dos Centros de Apoio Operacionais do MP-AP, por meio da Coordenadora-Geral, Procuradora de Justiça, Dra. Judith Teles. Ele está sob a coordenação da promotora Klisiomar Lopes e irá funcionar no complexo administrativo do MP-AP, no Araxá, como unidade de apoio na atuação das promotorias de justiça do Estado do Amapá, com a rede de atendimento do Estado e Municípios. É de sua atribuição fazer o acompanhamento da execução das políticas públicas de proteção integral e apoio humanizado, oferecer informações, orientação jurídica, reparação e acompanhamento multidisciplinar às vítimas.
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