Pesquisas apontam para segundo turno no Amapá, diz consultor político

Cleber Barbosa, da Redação

A polarização entre Clécio Luís (SOLIDARIEDADE) e Jaime Nunes (PSD) na disputa pelo Governo do Amapá vem se confirmando a cada pesquisa eleitoral. A diferença entre eles e o terceiro colocado é abissal, mas não ao ponto de encerrar a eleição no 1º turno, segundo especialista ouvido pelo portal.

Para Heyder Barata, consultor em marketing político e estrategista eleitoral, a corrida pela sucessão estadual no Amapá caminha para um segundo turno, a ser realizado no dia 30 de outubro deste ano, segundo calendário definido pela Justiça Eleitoral.

O especialista avalia que a única chance da disputa terminar no dia 2 de outubro seria um erro crasso de um dos candidatos, uma interveniente que pudesse fazer pender para o outro lado a preferência do eleitorado. “Poderia ser um erro de estratégia, de posicionamento ou mesmo de mobilização, pois um candidato a majoritária precisa ter alcance em todo o estado, não de forma aleatória, mas com técnica e com pesquisas quantitativas e qualitativas”, alerta o consultor.

Essas pesquisas poderiam apontar para as reais necessidades dos cidadãos e cidadãs destas cidades, bem como medir a aceitação das propostas que começam a ser apresentadas, a repercussão delas. “Na verdade, a gente já observa que as campanhas incorrem em erros de avaliação, mas por enquanto de lado a lado, há equilíbrio até nisso. É preciso ter pesquisas em mãos, então vai ganhar quem errar menos”, completa Heyder.

NúmerosPelos números divulgados pelo Instituto IPEC – substituto do Ibope – Clécio Luís e Jaime Nunes têm, juntos, 76% das intenções de votos do eleitorado ouvido na primeira rodada de entrevistas encomendada pela Rede Amazônica de Televisão. Todos os demais candidatos, juntos, possuem apenas 9% das intenções de voto.
Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados, Clécio tem 41% e Jaime 35%; já na pesquisa espontânea, sem os nomes dos postulantes, o equilíbrio é maior: Clécio com 30% e Jaime com 28%.

Em terceiro lugar aparece Gilvam Borges (MDB), com 5% na estimulada e 2% a espontânea; podendo ter 8% ou 2% se considerando uma margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos; em quarto lugar está Jairo Palheta (PCO), com 2% (entre 5% a 5%); Gesiel Oliveira (PRTB) e Gianfranco Gusmão (PSTU) empatados 5º lugar com 1% cada um.

A pesquisa foi registrada no TER/AP sob o número AP01513/2022 e no TSE com o número BR-08428/2022. O Ipec ouviu 800 pessoas entre os dias 21 e 23 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Perfil

Heyder Barata é amapaense, formado em Ciências da Computação pela Faculdade de Tecnologia do Amapá – META, possui também especialização em Docência do Ensino Superior, pela Faculdade Brasil Norte (FABRAN) e atualmente é graduando em Ciências Políticas. Atua como Gerente de Tecnologia da Informação, mas também se especializou em marketing político, sendo consultor político devidamente registrado junto à ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos) e possui escritório especializado em Consultoria em Comunicação Governamental, Acessória de Imprensa e Mandatos Políticos.

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