Raquel Dodge pede à PF apuração de invasões a celular de procuradores

A presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta quarta-feira, 12 de junho, um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, solicitando a instauração de inquérito policial para apurar a invasão à conta do Telegram no celular institucional utilizado pelo conselheiro Marcelo Weitzel. O ataque ocorreu na noite desta terça-feira, 11 de junho, quando um suposto hacker enviou mensagens por meio da conta do conselheiro no aplicativo.

MPF

Em outro ofício, também enviado ao diretor-geral da Polícia Federal, a procuradora-geral da República solicitou a unificação da investigação em relação aos ataques cibernéticos criminosos contra membros do Ministério Público Federal (MPF). No documento, a PGR ressalta que considera necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas Forças-Tarefas da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba.

No intuito de dar celeridade às investigações, a procuradora-geral da República encaminhou à Polícia Federal cópias de documentos para subsidiar a apuração desses crimes. Ela também solicitou ao diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações relativas à invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram. No ofício, Raquel Dodge pontua que a ação criminosa resultante dessa invasão da conta dos membros, ou o chamado “sequestro” de identidade dentro do aplicativo, tornou-se de conhecimento público a partir de recente divulgação, pela mídia, de dados e informações coletados de forma ilícita de celulares de membros do MPF.

Em maio, a tentativa de invasão aos celulares institucionais dos membros do MPF foi comunicada à PGR pelos membros que atuam no Paraná e no Rio de Janeiro. Imediatamente, Raquel Dodge instaurou um procedimento administrativo – que continua em vigor – para acompanhar as investigações. Também foram adotadas providências de segurança necessárias, além de outras medidas cabíveis para aumentar o nível da segurança institucional dos membros quanto aos ataques cibernéticos e resolver o problema de forma definitiva.

Na época, a Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba também requisitou à PF a instauração de inquérito policial para apurar as condutas criminosas. No ofício enviado nesta quarta-feira, Raquel Dodge solicitou informações acerca do andamento do procedimento. No ofício, ela também questionou se a PF também apura se outros membros do MPF foram vítimas da mesma ação criminosa.

 

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