Promotor, escritor e músico Mauro Guilherme perde a luta contra o Covid
Membro do Ministério Público do Estado do Amapá desde o primeiro concurso que implantou o Parquet no estado, faleceu nesta terça-feira em Macapá, aos 55 anos de idade.
Cleber Barbosa, da Redação
A família do promotor de justiça Mauro Guilherme da Silva Couto comunicou nesta terça-feira (4), por meio de uma postagem nas redes sociais, o falecimento do atuante membro do Ministério Público do Estado (MP-AP), vítima do Covid-19. Ele tinha 55 anos de idade e estava internado na UTI do Hospital São Camilo, em Macapá. A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, emitiu nota de pesar em que destaca a trajetória dele em 29 anos de serviços prestados à instituição, desde o primeiro concurso público que instalou a instituição no estado, em 1991.
Uma das filhas dele, Lorenda, escreveu que desde sua internação, o pai batalhou contra o COVID e onde tem certeza que recebeu todos os cuidados que a ciência poderia oferecer. “Agradecemos a todos vocês que estiveram e ainda estarão ao nosso lado e ao lado dele nesse momento doloroso; Desde os familiares próximos, aos amigos e profissionais de saúde que cuidaram dele”, disse ela.
Também registrou que “todos estamos muito sensibilizados por toda a situação, papai era meu herói, o meu amor, o meu maior exemplo. Foi sem dúvida uma pessoa que fez deste mundo um lugar melhor, e continuará a fazê-lo através dos ensinamentos que transmitiu, das sua músicas, da sua literatura e das memórias bonitas que cada de nós partilhamos dele”.
Luto
A nota do MP-AP externa em nome dos membros e servidores, condolências aos familiares e amigos do promotor Mauro Guilherme. “Com 29 anos de serviços prestados ao MP-AP, ingressando na carreira, após aprovação no Primeiro Concurso para promotores de Justiça, Mauro Guilherme sempre atuou com dedicação e prontidão no cumprimento da missão institucional. Mais que um promotor de Justiça, o paraense Mauro Guilherme era um “Cidadão Amapaense”, título concedido em 1997 pela Assembleia Legislativa do Amapá, poeta, escritor, compositor e um grande incentivador da cultura. Ele deixa seu registro como membro do MP-AP e também fica eternizado nas suas obras”, diz a publicação.
Ivana Cei manifestou ainda eue Deus, em sua infinita sabedoria e misericórdia, leve conforto à sua esposa Márcia, e filhos Lorenda, Hebert e Jaqueline, aos familiares, parentes e amigos enlutados que sofrem neste momento de profunda dor.
Emoção
Ainda na postagem da filha, ela lembrou a espititualidade de seu pai. “Que Deus, Jesus e os bons espíritos (como ele acreditava), o recebam na Pátria Celestial. E que de lá, ele olhe por todos nós. Que mesmo em meio a dor, sejamos capazes de orar por ele e agradecer pela vida boa e feliz que tivemos ao seu lado. Papai, onde sua alma estiver, saiba que o senhor é muito amado, que concluiu sua missão, estaremos em oração para que sua transição seja boa. Ficaremos bem, lembrarei de tudo que os senhor me ensinou, sobre a finitude da vida, a fragilidade da carne, as missões terrenas, o princípio da caridade e sobre a vida eterna. Farei o meu melhor para ser ao menos metade do Ser Humano que você foi. Você vai ser minha saudade diária e o um dos meus amores mais sinceros. Cada experiência ao seu lado foi especial e bem aproveitada, e dessa nossa vida juntos, não me arrependo de nada. Nós dissemos muitos “eu te amo”, conversamos muito, choramos muito, estudamos muito juntos e vimos tantos”, conclui.
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