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MP-AP acompanha medidas para contenção dos casos de Covid nas aldeias indígenas de Oiapoque

Foi registrado, que as aldeias mais afetadas são Manga, Kumarumã e Kumenê, com maior taxa de contágio entre os dias 31 de outubro de 6 de novembro.

Da Redação

Nesta quarta-feira (24), o titular da Promotoria de Oiapoque, promotor de Justiça Hélio Furtado, participou de reunião com representantes do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), da FUNAI, da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e lideranças Indígenas, para tratar do aumento dos casos de Covid-19 nas aldeias do norte do Amapá. Segundo boletim do DSEI, foram mais de 203 registros da doença nas últimas três semanas.

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) está atendo aos números e busca junto à Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) todas as informações sobre as ações em andamento, bem como, o cumprimento das recomendações contidas no Comunicado de Risco emitido pelo DSEI.

Conforme explica o DSEI, a comunicação de risco tem como objetivo apoiar na divulgação rápida e eficaz de conhecimentos às populações, parceiros e partes intervenientes possibilitando o acesso às informações fidedignas que possam ajudar nos diálogos para tomada de medidas de proteção e controle em situações de emergência em saúde pública.

Foi registrado, que as aldeias mais afetadas são Manga, Kumarumã e Kumenê, com maior taxa de contágio entre os dias 31 de outubro de 6 de novembro. Outra informação preocupante é a confirmação da variante Delta no município de Oiapoque. O dado está registrado no relatório produzido pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo – LVRS, do Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ/RJ.

Segundo o DIES, a variante de preocupação Delta é conhecida por ser mais transmissível e, portanto, pode produzir maior quantidade de novos casos. Porém, as amostras dos Polos-Base enviadas a Fiocruz para caracterização ainda não foram analisadas, portanto, ainda não se tem uma resposta para saber se os casos preencheram todos os requisitos ao sequenciamento.

“Portanto, ainda não temos resposta oficial se essa variante está presente em nossos territórios de assistência. Entretanto, reitera-se que, devido ao grande fluxo de pessoas entre os territórios indígenas e sede do município, e intenso fluxo transfronteiriço (Guiana Francesa), ela já pode ter sua circulação considerada entre os indígenas”, alertam os especialistas.

Dentre as comunidades indígenas com aumento de caso de Covd-19 conta a Aldeia Manga (127 casos registrados), possuindo o maior número de casos e, também, do Polo-Kumarumã que, na semana 44, teve 29 casos novos. Diante do quadro o DIES, faz uma série de recomendações. “MP-AP está vigilante e, aqui na Promotoria de Oiapoque, adotaremos todas as medidas necessárias para evitar que a situação se agrave”, frisou o promotor de Justiça Hélio Furtado.

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