Milícia, agiotagem e grupos de extermínio já atuam no Amapá, diz promotora

Andrea Guedes fala das estratégias para o enfrentamento ao crime organizado através de ações de cooperação com forças policiais.

Cleber Barbosa, da Redação

A promotora de justiça Andréa Guedes, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), concedeu entrevista ao programa Togas&Becas, na Diário FM (90,9) falando sobre o combate à criminalidade no estado, a partir de sua designação para a Promotoria de Investigações Cíveis Criminais e Segurança Pública e, em especial o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Ela tem uma história de atuação junto ao Núcleo de Inteligência do MP-AP e diz que o compartilhamento de informações é a base para o enfrentamento ao crime organizado. “Nós já temos inclusive um termo de cooperação com a Polícia Civil, através da Delegacia Geral, de modo a disponibilizar ao nosso grupo um delegado de polícia e agentes de polícia para trabalhar junto com o Gaeco”, disse.

Ela disse ter uma vasta experiência em atuações conjuntas com as forças de segurança, como a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Federal, por acreditar que sem essa integração não haverá sucesso em nenhum tipo de trabalho contra a criminalidade.

O trabalho será muito mais diligente e investigativo, disse ela, com o incremento da parceria agora institucionalizada com a Polícia Civil. “As organizações criminosas assolam o nosso estado, já temos a prática da agiotagem, milícias, grupos de extermínio iniciando, então se não combatermos logo vai ser muito difícil depois”, ponderou a promotora.
Por fim, Andréa Guedes afirmou que os casos recentes de crimes com uma carga muito mais do componente da violência, chamou a atenção para a necessidade de criação dessa nova diretriz e estruturação do aparelho do estado.

O GAECO foi criado no início dos anos 2000, após o assassinato de um promotor de Justiça que investigava uma máfia de adulteração de combustíveis em Minas Gerais. A partir desse episódio, o Ministério Público nacional decidiu instalar núcleos do GAECO em todos os estados.

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