Médica especialista alerta sobre principais características da nova Cepa da Covid-19
Cardiologista e uma das profissionais do Comitê Médico e Científico da Pandemia, Dra. Ana Chucre vai ao rádio chamar a atenção para os riscos de casos graves da doença.
Cleber Barbosa, da Redação
A médica Ana Chucre, que atua na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19 no Amapá, concedeu entrevista neste sábado (13) ao programa Togas&Becas, na rádio Diário FM (90,9), apresentado pelo advogado Helder Carneiro, disse que há suspeita de que desde dezembro a nova Cepa do vírus já circula no Amapá, e há mais tempo do que se imagina no Brasil.
Ela alertou que colegas médicos e pesquisadores que tiveram contato com pacientes em cidades como Manaus (AM) relatam que o que se viu foi uma evolução de uma forma rápida para o estágio mais grave da doença.
“A cepa é 2,2 vezes mais contagiosa que a do ano passado, mas sobre ser mais agressiva o que se viu é que ela se manifesta de uma forma mais insidiosa, muito branda no início e acaba passando desapercebida, na fase 1, que é viral”, explicou.
Diante dessa realidade, a médica diz que o indivíduo normalmente não procura atendimento médico, portanto passa a não ser monitorado por médicos ou qualquer agente da saúde já habilitado ou conhecedor do perfil da Covid. Então quando o indivíduo é identificado já está com dificuldade respiratória, a fase inflamatória mais grave, e esse é o grande perfil da doença, segundo a especialista.
Há ainda um alto grau de contaminação, bem mais alto que a Cepa anterior, mas chama a atenção mesmo essa característica muito branda do início da doença, com pacientes relatando um quadro semelhante a de uma simples renite alérgica ou um quadro gripal – comum para o período de inverno amazônico que se vive, com as casas fechadas mais tempo e úmidas, com mofo e fungos – mais também período sazonal de muitos outros vírus gripais.
Cuidados
Diante dessas características, a Dra. Ana Chucre alerta a população para que diante de um quadro de sintomas de uma gripe comum, um resfriado ou uma coriza, é importante procurar atendimento médico. “O atendimento precoce não está relacionado a droga A, B ou C, mas procurar uma avaliação clínica e ser monitorado, é isso que nós propomos desde o ano passado através do Comitê Médico”, um protocolo que se mostrou muito eficaz na primeira onda da pandemia no Amapá.
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