Fortaleza de São José já atraiu mais de 30 mil visitantes em 2023
Número representa mais da metade das visitas contabilizadas ao longo de todo ano o ano de 2022. Monumento é administrado pelo Governo do Amapá.
Da Redação
A Fortaleza de São José de Macapá contabilizou uma média de 30 mil visitas de janeiro a junho de 2023. O número representa mais da metade do que foi registrado durante todo o ano de 2022, quando 56 mil pessoas estiveram no monumento histórico.
O espaço, que é classificado como um museu, é administrado pelo Governo do Amapá e, atualmente, disputa o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em 2023, a Fortaleza já atraiu tanto visitantes brasileiros como pessoas de outros países. Além disso, escolas e outras instituições integram o público que frequentou o espaço nos primeiros seis meses deste ano. A gerente do monumento, Flávia Souza, detalha que a preservação e a história do local são fatores que atraem muitos visitantes, entre moradores e turistas.
“É um dos principais pontos turísticos do estado e um espaço que agrega tanto pela sua grandeza histórica quanto estrutural, somos uma rota turística e de conhecimento, por isso quem passa pelo Amapá sempre vem à Fortaleza”, conta.
O espaço conta com quatro baluartes, áreas de vigias utilizadas para proteção e monitoramento dentro da fortificação. Os mais importantes são voltados para o Rio Amazonas e são batizados de baluarte de Nossa Senhora da Conceição e de São Pedro.
Os outros dois, voltados para a área urbana, são os de São José e Nossa Senhora Madre de Deus. Além disso, o monumento conta com a praça das armas, fosso seco, casamatas e capela, entre outras áreas disponíveis para visitação.
Diretamente do estado de São Paulo, o agente administrativo Antônio César veio a trabalho ao Amapá e aproveitou o dia de folga para visitar o monumento pela primeira vez com os amigos. Segundo ele, é incrível ver um espaço tão grande ainda preservado.
“Somos de um estado em que prédios históricos estão abandonados pelo tempo e se destruindo, o que nos surpreende é poder vislumbrar a Fortaleza dessa maneira, tão preservada e sabendo que ainda estará aqui para as futuras gerações”, explica o visitante.
Visitações
O espaço histórico ficou fechado por dois anos por conta da pandemia de Covid-19 e retornou em 2022 com visitas presenciais. Escolas, grupos de estudos, turistas, entre outros, podem fazer visitas guiadas ou agendadas durante todo o ano, de terça-feira a domingo, de 8h às 17h.
Para as visitações de grupos de pessoas, é importante que as instituições façam o agendamento prévio através do e-mail museufortalezadesaojose@gmail.com, com pelo menos uma semana de antecedência.
“Além disso, é importante que cada pessoa que passe por aqui faça a assinatura do livro de visitantes para que possamos ter a dimensão do alcance do espaço, pois dessa maneira coletamos as informações sobre de onde essas pessoas vêm e o perfil desse público”, explica a gerente do Museu.
Candidata a patrimônio da humanidade
Construída no período de 1764 a 1782 para proteger as fronteiras do “Cabo Norte”, como era conhecido o Amapá no período colonial, a Fortaleza de São José de Macapá é a única deste tipo no Brasil, e a maior construída pelos portugueses na América do Sul.
Junto com outras 18 fortificações deste período – 16 ao longo da costa e outras duas na fronteira continental -, ela ajuda a contar a história da formação territorial do país e da ocupação europeia na América.
Tamanha relevância tanto nacional quanto internacionalmente, explica o superintendente do Iphan no Amapá, Haroldo Oliveira, rendeu a candidatura ao título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
E é para proteção e preservação desse bem pertencente aos amapaenses que a Fortaleza foi tombada, pelo Iphan em 1950 e pelo estado do Amapá, em 2005. O processo de tombamento pelo poder público institui diversas condicionantes para garantir a integridade histórica da edificação, como limitação de público, preservação da identidade visual da fachada, e estudos específicos para serviços como pintura e reparos estruturais.
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