“E por que não?”, diz jornalista Ana Girlene sobre disputar Prefeitura de Macapá
Ela falou pela primeira vez sobre o tema, dizendo que depois do convite para ser vice de Paulo Lemos, surgiram outras propostas, até de cabeça de chapa para se analisar
Cleber Barbosa, da Redação
A jornalista Ana Girlene, apresentadora do programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9) quebrou o silêncio sobre o convite para entrar na disputa pela Prefeitura de Macapá nas eleições deste ano. Ela falou pela primeira vez sobre o tema, dizendo que depois do convite para ser vice, surgiram outras propostas, que ela diz analisar, diante de uma incógnita: “Por que não!”, resume.
Ela concedeu entrevista ao LuizMeloEntrevista desta sexta-feira (31), ocasião em que deu mais detalhes a respeito dessa possibilidade, que desde a veiculação da primeira nota de jornal foi crescendo e ganhando corpo, a ponto de surgirem novas propostas, de outras lideranças e partidos políticos.
Depois do deputado estadual Paulo Lemos (REDE), que a convidou para ser sua vice no projeto de disputar eleição para ser prefeito de Macapá, Ana Girlene confirma convite do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), através da deputada federal Marcivânia Flexa, para que possa ser cabeça de chama numa eventual disputa pela sucessão do atual prefeito Clécio Luís. “Na verdade, isso veio desde o ano passado, eu jamais falei a respeito, mas foi de forma muito carinhosa que recebi esse convite também”, diz a jornalista.
Ela elogia o que chamou de desprendimento por parte de Marcivânia em convidá-la a abraçar esse projeto político, exatamente com esse questionamento sobre o porquê de não se dar essa oportunidade. “Sabemos que infelizmente no campo político é muito difícil uma liderança querer dar espaço para outras, então neste sentido, principalmente por ser mulher é muito importante que nós incentivemos umas às outras a ocuparmos os espaços, e não é frase de efeito não, mas o nosso lugar é onde a gente quiser”, disse ela.
Ela não confirmou, entretanto, se decidiu abraçar a carreira política, mesmo porque endente que exerce seu ofício com o profissional de imprensa e que seria uma mudança não só profissional, mas de vida. “Até porque as pessoas que nos admiram, nos respeitam como jornalista poderão amanhã não concordar com as minhas posições políticas”, pondera.
Girlene admite que nos últimos dias se viu encorajada a encarar o debate sobre a política partidária por conta de pessoas que possam dizer “quem é ela” ou então “nunca será”, num determinado ambiente que determinadas pessoas acham que pessoas comuns não podem entrar. “Isso por si só já me anima a fazer esse debate, repetindo o famoso por que não?”, completa.
Perfil
Ana Girlene Dias de Oliveira tem 41 anos de idade, é jornalista e também policial civil. Ela tem histórico de engajamento político desde os tempos do movimento estudantil, tendo inclusive sido presidente da UMES, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas, em Macapá. Atualmente, além de militar na imprensa local, é destacada assessora de comunicação do Ministério Público do Estado.