Dirigente reforça protagonismo da Associação dos Advogados Criminalistas no Amapá

Dirigente local da ABRACRIM lista principais situação de flagrante desrespeito às prerrogativas dos advogados, que agora é considerado um crime.

Cleber Barbosa, da Redação

A advogada Lucideia Portal, presidente da seccional local da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), disse neste sábado (03) que a violação das prerrogativas dos advogados está sendo cada vez mais combatida no país e com o fortalecimento da representação local, a atuação dos advogados no Amapá fica ainda mais fortalecida.
Ela concedeu entrevista ao programa Togas&Becas, quando citou alguns casos mais comuns em relação a essas violações, como os incidentes envolvendo discussões, cerceamento da fala, indeferimento indevidos de pedidos, desrespeito, casos agressões, abuso de autoridade e até ameaças a mão armada como recentemente foi visto em uma ocorrência policial na Paraíba.
A entidade também acompanha de perto as investigações sobre o caso de agressão uma educadora negra por uma guarnição da Polícia Militar do Estado.

Trajetória
Entidade existe há 27 anos no Brasil tendo iniciado suas atividades no estado do Paraná e que hoje está presente em todo o país. “A entidade foi criada para garantir que não sejam violadas as prerrogativas do advogado criminalista, então a Abracrim está pronta para ajudar aos colegas advogados que atuam na área criminal a ter essas prerrogativas e garantias legais protegidas e garantidas”, disse ela.
Até antes da pandemia, os associados da entidade se reuniam mensalmente em diversos locais diferentes, pois dispõem de uma sede própria, mas existem tratativas para isso no futuro. Os encontros geralmente acontecem no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil em Macapá (OAB/AP) ou na Caixa de Assistência aos Advogados.
A entidade se mantém através do recolhimento das anuidades dos associados, no valor de R$ 270 recolhidos uma única vez por ano.

Mobilização
Comentando um caso recente de violação das prerrogativas dos advogados criminalistas, Lucideia Portal disse que pelo país afora existe uma grande mobilização e união da categoria em relação a esses direitos e garantias legais. “Nesta violação em questão, em que o advogado foi agredido, teve os celulares arrebatados, houve uma união mesmo do Conselho Federal da OAB e de todos os estados da região Nordeste que se deslocaram para o estado da Paraíba para fazer uma grande manifestação”, disse a dirigente.
Por fim, ela explicou que a Abracrim Amapá também criou diversas comissões temáticas dentro da representação, como um colegiado específico sobre percepção de abusos de autoridades, mesmo considerando que há sim um ambiente de respeito mútuo entre juízes, promotores, defensores e advogados, afinal não há hierarquização nessas relações no cotidiano das chamadas “lides forenses”.

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