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Denúncias levam MPF a recomendar suspensão de vacinas em áreas quilombolas

Uma audiência entre a Secretaria de Saúde de Macapá e a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos resultou no anúncio da interrupção da vacinação.

Da Redação

A Prefeitura de Macapá informou nesta terça-feira (13) que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) suspendeu temporariamente a vacinação contra a Covid-19 das comunidades quilombolas, após audiência realizada com o Ministério Público Federal, motivada pela Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), após denúncias de possíveis casos de “fura fila” no processo de imunização nesses interiores.

A medida foi adotada para que a Semsa reajuste a programação de imunização nestas comunidades. “Até o momento já vacinamos 2.475 quilombolas em Macapá. A vacinação segue uma lista encaminhada pelas lideranças dessas comunidades conforme critérios estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização”, diz a prefeitura em nota encaminhada à redação do portal ConexãoBrasília.

Programação

Atualmente Macapá tem 29 comunidades quilombolas registradas, algumas são ribeirinhas e de difícil acesso. Segundo levantamento do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), a população quilombola é de aproximadamente 6.500 pessoas e neste primeiro momento, a intenção é vacinar cerca de 300 indivíduos.

Após a imunização dos moradores do Quilombo do Curiaú, a vacinação deveria acontecer nas comunidades de Abacate da Pedreira, Santo Antônio da Pedreira, Km 17, Km 18, Campina Grande e demais localidades, conforme o Plano Municipal de Imunização. A Semsa preparou duas frentes de ações para a realização da vacinação nessas áreas, de forma terrestre e fluvial. Esse processo vai acontecer gradualmente, por faixa etária, conforme o repasse de novas doses do imunizante.

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