Clécio: “Petróleo do Amapá vai ajudar país a fazer transição energética”
Integrantes do Consórcio Amazônia Legal cobram atuação da Petrobras na transição econômica e ecológica da Amazônia, durante evento em São Luís do Maranhão.
Cleber Barbosa, da Redação
A Petrobras promoveu nesta sexta-feira (15), o fórum Transição Justa e Segurança Energética. Organizado em parceria com o Consórcio Amazônia Legal e o Governo do Estado do Maranhão, o evento começou na manhã e prosseguiu durante a tarde, na área de eventos do Blue Tree Towers, em São Luís (MA), e reuniu autoridades e especialistas com o objetivo de debater transição energética, além de temas relacionados à garantia do fornecimento energético, autossuficiência na produção de petróleo e gás no país e perspectivas de atuação na Margem Equatorial brasileira.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou da abertura e do encerramento do evento, em conjunto com governadores do Consórcio Amazônia Legal. Essa organização é formada pelos estados: do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os governadores do Maranhão, Carlos Brandão; Pará, Hélder Barbalho – que preside o consórcio Amazônia Legal; e do Amapá, Clécio Luís, também confirmaram suas participações no fórum.
“Estamos olhando para as novas energias, sem abrir mão da produção de petróleo, pois todos os cenários futuros indicam que o planeta precisará do petróleo por muito tempo. Vamos fazer a transição energética justa de forma gradual, responsável e crescente, buscando a diversificação. Estamos produzindo energia acessível para as pessoas, descarbonizando nossas operações e usando nosso conhecimento técnico para entrar em novos negócios de baixo carbono. As perspectivas apontam que a Margem Equatorial será fundamental nessa transição, tanto sob o aspecto de novas reservas como na descarbonização das operações”, afirmou Jean Paul Prates.
Amapá
Para atingir os objetivos descritos pelo presidente, a Petrobras continua as suas atividades de pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, faixa da costa que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte. A companhia perfurou na Bacia Potiguar, o poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, bem como iniciou a perfuração do poço Anhangá, no mesmo estado. “No que diz respeito ao Amapá, vamos discutir sobre petróleo e gás na costa do estado, como uma nova matriz econômica para financiar uma transição energética justa, ao passo que mantemos a conservação da natureza”, ponderou o governador Clécio Luís.
Palestras
Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, também estava entre os participantes confirmados no fórum com a palestra Atuação da Petrobras nas Bacias Norte e Nordeste. Em sua apresentação ele se comprometeu a detalhar que o foco da pesquisa da Petrobras está nas novas fronteiras de óleo e gás. Estamos em busca de uma nova geração de campos, que possam produzir e garantir a segurança energética do país, como avaliamos ser possível na Margem Equatorial, onde pretendemos contribuir para a inovação, ciência e tecnologia na região. Além disso, faremos investimentos que resultarão na geração de emprego e renda para a população local, declarou Joelson.
Outra palestra prevista era a da gerente geral de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em E&P, do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Roberta Mendes, com o tema Geração de conhecimento, preservação e conservação da floresta e de ambientes sensíveis, sobre o histórico de pesquisas científicas da Petrobras na Margem Equatorial. Uma das frentes nessa área são expedições científicas com o objetivo de ampliar os dados e informações sobre características da região. Uma dessas expedições será iniciada no fim de março e será formada por pesquisadores da Petrobras, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e de 12 universidades de estados que compõem a região geográfica da Margem Equatorial (MEQ) e mais duas do Sudeste, que viajarão a bordo do navio Vital de Oliveira, da Marinha Brasileira.
Margem Equatorial
A programação do fórum incluiu ainda palestras sobre temas como novas fronteiras de produção de petróleo e gás em bacias terrestres do Norte e Nordeste, geração de emprego e renda, e impactos socioeconômicos da produção de óleo e gás na Margem Equatorial e a coexistência de energias fósseis e renováveis.
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