Avanços para pacientes com fibromialgia no Amapá são debatidos na Alap
O assunto foi abordado pelo deputado Jack JK, que explicou o destino de uma emenda positiva no valor de R$50 mil usada para aparelhar o Consultório da Dor.
Da Redação
Atingindo 2,5% da população brasileira, segundo a Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfribro), a fibromialgia foi o tema de debate na Assembleia na 7ª sessão ordinária desta quinta-feira (23). Lembrando que fevereiro é o mês roxo para destacar duas doenças autoimunes (lúpus e fibromialgia) e a doença de Alzheimer, que é degenerativa.
O assunto foi abordado pelo deputado Jack JK, que explicou o destino de uma emenda positiva no valor de R$50 mil usada para aparelhar o Consultório da Dor, sala especializada em atendimento multidisciplinar com foco na redução da dor de pacientes com fibromialgia no Amapá. O espaço foi criado pelo Governo do Estado no Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Cerpis), em 2021.
“Consegui junto com meu amigo Waldez Góes montar esse ambulatório e modernizar a sala de fisioterapia. Esse espaço, aliás, em menos de dois anos já realizou mais de dois mil atendimentos”, afirmou o deputado. Ele ressaltou também suas próprias leis sobre a doença, a lei n° 2562 ,de 2021, que torna obrigatório o atendimento prioritário às pessoas com fibromialgia no Amapá, e a lei 2598, também de 2021, que institui a semana estadual de conscientização sobre a doença. “A gente já conseguiu 500 carteiras de atendimento prioritário e através da Agência de Fomento do Amapá conseguimos linhas de crédito específicas para quem tem fibromialgia”, completou.
Convidada pelo deputado Jack Jk, a presidente da Associação de Pacientes de Fibromialgia do Amapá (Afap), Genilza Valente, discursou na tribuna da casa. “Nosso lema é, se não houver cura, que pelo menos haja conforto. Essa é uma condição que afeta mais de seis milhões de pessoas. Não tem cura e não existe um marcador biológico para o diagnóstico exato. O que hoje é feito é um diagnóstico clínico através do exame do paciente”, explicou Genilza.
Segundo ela, a fibromialgia afeta mais mulheres do que homens e aparece entre os 30 e 50 anos de idade, embora existam pacientes mais jovens e mais velhos. “É difícil, e na maioria das vezes causa incapacidade funcional, logo, há preconceito. Por isso, nossos objetivos enquanto associação são buscar políticas públicas e levar conhecimento. Estivemos na última semana em Santana dando um curso para mais de 100 profissionais de saúde sobre esse tema. Assim, fazemos a diferença.”
O deputado Diogo Sênior, pediu uma palavra no debate e se colocou à disposição para a construção de mais políticas públicas que ajudem os pacientes do estado. “Eu conheço a Genilza, sei da luta dela. Eu lembro que em 2019 a gente trouxe essa pauta e questionaram, como você vai defender uma doença que não tem nem o CID ainda? E foi uma luta para conseguir um CID. Quando a gente vê coisas concretas acontecendo, é muito satisfatório. Uma coisa eu tenho certeza, essa casa nunca vai dar as costas a esse tema”, completou.
O deputado Roberto Góes também participou do debate. “Quero buscar a bancada federal, unir forças, para uma ação mais precisa. Quero aqui me colocar à disposição e saber de que forma a gente pode usar a Assembleia e fazer uma gestão única com o governador e a bancada federal para a gente buscar de forma direta a melhoria de qualidade de vida para esses pacientes aqui no Amapá.”
Como adquirir a carteira de prioridade de fibromialgia?
O documento pode ser adquirido no Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no Amapá (Cerpis), localizado na Avenida FAB, nº 849, no bairro Central, em Macapá. O atendimento funciona de segunda a sexta, das 8h até 18h. Para receber o documento, o interessado precisa apresentar RG, cartão do SUS e laudo médico para fibromialgia.
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