Autismo: Prefeitura promove direitos e cidadania com orientações jurídicas, neuropsicológicas e socioassistenciais
Encontro também abordou o diagnóstico tardio e orientou mães sobre direitos
Da Redação
Foi emocionante o ‘Encontro Mundo Azul’, evento que reuniu palestras, informações e depoimentos realizados por pessoas autistas e familiares, na manhã desta terça-feira (11). Sobre a promoção de Direitos e Cidadania, as orientações jurídicas, neuropsicológicas e socioassistenciais foram realizadas pelas secretarias municipais de Assistência Social (Semas) e de Direitos Humanos (SMDH), com assistentes sociais, advogados e neuropsicólogos, entre outros profissionais.
A primeira-dama e secretária municipal de Assistência Social, Dra. Rayssa Furlan, que também é mãe de um filho autista de 12 anos, explicou que o autismo não tem classe social e que as mães precisam conhecer os seus direitos.
“As condições sociais não mudam o que sentimos no nosso coração como mãe, por isso é fundamental buscarmos o diagnóstico para identificar em nossos filhos os sinais comportamentais, os sintomas e procurar os profissionais que irão fazer um direcionamento adequado”, explicou a secretária.
De acordo com a secretária de Assistência Social, para diminuir a fila de espera, o mutirão TEAtendemos vai atender mais 120 consultas por dia, por uma equipe multiprofissional que está vindo a Macapá dar celeridade no diagnóstico, com neuropediatra, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo para trazerem os diferentes exames específicos.
Secretário municipal de Direitos Humanos, Raimundo Azevedo, explicou que o tema “Mais Informações, Menos Preconceito” é justamente a essencialidade da realização do evento que busca a inclusão, direitos e a conscientização da população, para que de fato as políticas públicas do município possam alcançar todas as pessoas.
“Políticas públicas eficazes e efetivas são os fatores que nos motivam a cuidar das pessoas por meio da gestão. Por isso a Prefeitura de Macapá está fortemente empenhada nesta campanha, em prol da inclusão, mais informações e menos preconceito”, destacou o secretário.
A neuropsicóloga Joelma Ribeiro reforçou ser necessário identificar a rede e as crianças que têm transtorno do espectro autista (TEA) para que seja feita a avaliação. Se a criança tem comportamento repetitivo, as mães devem observar, se tem atraso de falas, déficit de interação social, de cognição social e de percepção.
“Partindo do início de uma possibilidade diagnóstica, o profissional que atendeu a criança pela primeira vez vai direcioná-la para um especialista para ser avaliada e fazer uma triagem de desenvolvimento, avaliação da tensão, da memória, da inteligência e do comportamento adaptativo”, ponderou a neuropsicóloga.
O encontro também abordou o diagnóstico tardio, que vem aparecendo atualmente por conta das identificações das mães que têm filhos, sobrinhos e familiares. E isso independe de idade. São relatos de infância que ao longo da vida a pessoa se adaptou, mas que precisa do diagnóstico correto.
Mãe de duas crianças com TEA, Leide Magno soube do diagnóstico dos filhos no ano de 2022. Ela conta que no início não quis aceitar. Já a Dayane Silva foi participar do evento para buscar informações sobre os benefícios para as crianças com autismo.
Para solucionar os questionamentos às mães, o palestrante, o advogado Dr. Elder Afonso, que contou ser autista, participou pela primeira vez em público para esclarecer sobre o tema. Professor há mais de 20 anos, ele explicou os primeiros passos para o exercício da cidadania, com destaque pela busca de direitos.
“Só sabe da dor quem passa por ela. Por isso é importante que os pais saibam como e aonde encontrar a garantia de seus direitos. Neste sentido, a Prefeitura está de parabéns com a promoção de informações e a execução de políticas públicas voltadas aos que têm Transtorno Espectro Autista (TEA)”, concluiu o palestrante.
Publicidade (x)