Assembleia Legislativa abraça a campanha “Doe Leite Materno”
O objetivo é ajudar o Banco de Leite Humano que está com baixo estoque de leite materno e precisa atender às crianças que se encontram internadas nas maternidades do Estado.
Da Redação
A Assembleia Legislativa lançou a campanha “Doe leite materno – um gesto que só quem é mãe pode fazer”, em todas as redes sociais e meios de comunicação da Casa. O objetivo é ajudar o Banco de Leite Humano que está com baixo estoque de leite materno e precisa atender às crianças que se encontram internadas nas maternidades do Estado.
Darcilene Dias, Coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher Mãe Luiza, no Amapá, em entrevista à Rádio Assembleia 93.9 FM, falou da importância do leite materno nos seis primeiros meses de vida do bebê e sobre o trabalho e serviços prestados pelo Banco de Leite.
“Enquanto a mãe puder amamentar é importante que faça com o leite materno. Ele é espécie e específico, ou seja, é produzido para sua espécie e, específico porque cada mãe produz o leite adequado para o seu bebê. Ele é vivo. Não existe alimento igual. Assim que o bebê suga, com o contato, o leite se transforma. Ele percebe e produz exatamente o que o bebê precisa. Não há nada semelhante. É considerado o melhor alimento do mundo”, declarou a coordenadora.
O leite materno é rico em água, gordura e nutrientes que alimentam e protegem o bebê. O primeiro leite produzido, é o colostro, também chamado de “ouro líquido”, não somente porque sua cor é amarelada, mas por conter níveis elevados de anticorpos e glóbulos brancos que funcionam como uma vacina natural, que protege o bebê de infeções e doenças. Além disso, o colostro tem a função de revestir e vedar a parede intestinal sendo muito importante no caso de bebês prematuros.
Leite de Transição, como o nome sugere, é a mudança de colostro para leite maduro. É aquele mais cremoso em textura e cor. Este tem um teor mais elevado em gordura, calorias e lactose, mas também continua tendo anticorpos, células vivas e outros bioativos que protegem o bebê e o mantém saudável. O leite maduro é rico em proteínas, açúcar, vitaminas e minerais que ajudam no crescimento e desenvolvimento do bebê.
“Os estudos ainda não conseguiram desvendar todos os benefícios do leite materno. Agora, com a Covid, mais estudos estão sendo feitos para demonstrar o quanto ele é maravilhoso, o quanto ele protege o bebê. Ele pega nutrientes do sangue. Durante os seis primeiros meses a mãe consegue nutrir 100% o bebê, sem precisar dar água, porque tudo já tem no leite materno. Este é o único alimento de que o bebê precisa”, enfatizou Darcilene Dias.
A mãe que consegue amamentar precisa saber que ela é super poderosa. Porém ela precisa de apoio da família e dos profissionais, como os que estão no Banco de Leite Humano. Estes profissionais estão preparados para atender às mães que ali chegam e dão à ela orientações a respeito da amamentação e de como podem ser doadoras.
Neste tempo de pandemia, a equipe está se deslocando até a residência da doadora para levar o kit e receber a coleta. Para aquelas que desejam se tornar doadoras, a orientação está sendo encaminhada através de vídeo e as dúvidas estão sendo sanadas através do contato pelo telefone do Banco de Leite (96) 9 8115 9018.
“Antes da pandemia, a gente se deslocava até a casa da doadora e ali, presencialmente, era ensinado o passo a passo. Agora entregamos os kits de coleta no portão, e ela fará a retirada do leite no dia e horário que ela tiver disponibilidade. Está dando super certo, a doadora não precisa ir ao banco de leite para doar. Ela doa no conforto do lar”, informou Darcilene.
As coletas estão sendo realizadas em Macapá, Santana e Mazagão, nos dois últimos, a coleta ocorre às sextas-feiras.
O Banco de Leite também precisa de recipientes que são utilizados na coleta, devido ao desgaste natural do uso, faltam frascos adequados para esta finalidade.
O recipiente adequado é aquele de café solúvel, ou seja, tem que ser de vidro e com tampa rosqueável. As pessoas que desejarem ajudar, podem entregar o recipiente no Banco de Leite, nos postos de coletas, no Shopping Garden, Grupo Fortaleza, Supermercados: Favorito e Santa Lúcia.
Sobre o Banco de Leite Humano
Desde 2002, o Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher Mãe Luzia foi implantado no Estado e a partir de 2004 passou a integrar a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Recebeu o título de Centro de Referência Estadual em Banco de Leite Humano e, em outubro de 2012, foi credenciado na Rede IberoAmericana de Bancos de Leite Humano.
No Amapá tem 01 Banco de Leite Humano, que fica na capital e é o centro de referência responsável pela seleção, classificação, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano pasteurizado. O Banco possui ainda 02 Postos de coleta de Leite Humano: um no Hospital São Camilo, em Macapá, o outro no Hospital Estadual de Santana, município que fica a 15 km da capital.
“O Banco de Leite Humano e o Posto de Coleta de Leite Humano (BLH/PCLH) têm a missão de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, visando à redução da mortalidade infantil e à melhoria da qualidade de vida da população”. (fonte: Governo do Estado)
Publicidade (x)