Arrastado para a margem, navio Anna Karoline III ainda não foi desvirado diz Estado

Embarcação pode ser levada à terra firme para conclusão da operação. Condições climáticas e características do leito do rio estão impedindo novos avanços na fase final do plano.

Uma nova estratégia está sendo elaborada para retirar o navio Anna Karoline III do Rio Jari, no sul do Amapá. Desde a semana passada, a empresa contratada pelo Governo do Estado executa o plano de reflutuação, mas diversos fatores têm dificultado o trabalho na região.

Com o navio preso no fundo do rio, o plano inicial consiste na verticalização da embarcação através da amarração da estrutura com 10 cabos de aço a serem puxados por um guindaste. A força-tarefa também é composta de flutuadores, 39 bombas de ar e equipamentos de mergulho.

De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e integrante do Comitê de Gerenciamento de Crise, Carlos Souza, a grande instabilidade climática e características do leito do rio estão impedindo novos avanços na operação. Por isso, outra proposta está em estudo. “O centro de gravidade do navio está em um barranco e isso vem dificultando os trabalhos de verticalização. Hoje, 31, vamos fazer uma última tentativa de trazer ele para a margem. Se não conseguirmos, vamos para o plano B”, explicou.

A nova  tática, caso seja necessário, será puxar a embarcação para uma área do rio onde houver menor correnteza para então conseguir colocar a embarcação na posição horizontal.  O local já foi identificado a 1.800 metros da região  do naufrágio, onde as condições de maré são mais favoráveis.

Após todo esse processo, uma varredura será realizada nos compartimentos atualmente submersos, em busca de novas vítimas. O naufrágio ocorreu no dia 29 de fevereiro. Uma perícia também será realizada para a conclusão do inquérito do acidente. Toda operação conta com o suporte do Corpo de Bombeiros, Marinha e das polícias Civil e Militar.

Reflutuação

Diante da omissão dos proprietários do Anna Karoline III, o Estado do Amapá realizou a contratação emergencial de uma empresa para a reflutuação do navio e resgate dos corpos das vítimas que estão dentro da embarcação. O valor do contrato é de R$ 2,4 milhões. O Executivo irá pedir o ressarcimento do montante na Justiça.

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