Após denúncia, Promotoria da Saúde constata superlotação da Maternidade Mãe Luzia
Inúmeras mulheres estavam aguardando leitos de maneira improvisada nos corredores, em cadeiras e outras em colchões jogados no chão.
Da Redação
Na segunda-feira (22), a Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio dos promotores de Justiça da Saúde, Fábia Nilci e Wueber Penafort, acompanhados da servidora Elizeth Paraguassu, fez visita técnica no Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) e constatou superlotação denunciada ao MP-AP.
Inúmeras mulheres estavam aguardando leitos de maneira improvisada nos corredores, em cadeiras e outras em colchões jogados no chão. Na Sala de Acolhimento, seis pacientes aguardavam, há mais de 24h, o encaminhamento para a sala de observação; na área de Parto Normal, oito mulheres estão a espera de um leito, Enquanto isso, na ala Neonatal, três bebês ocupam uma única incubadora, irregularmente; dentre tantas outro problemas já relatados em inspeções anteriores.
A Unidade de Cuidados Intermediários, segundo a Secretaria de Infraestrutura (Seinf), estaria pronta no último mês agosto, mas continua do mesmo jeito, com a obra parada, prejudicando sobremaneira o atendimento das crianças que necessitam desses cuidados.
Para agravar, a Maternidade da Zona Norte também não foi entregue conforme previsto. A situação ficou ainda mais complicada em decorrência das fortes chuvas de sábado (20), que provocou o transbordamento da fossa da Maternidade Mãe Luzia, alagando a farmácia e a enfermaria 5.
O MP-AP vai acionar novamente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e a Seinf, para que adotem medidas urgentes e resolvam os problemas verificados, em virtude do risco a que estão expostas mulheres e crianças recém-nascidas.
Nenhuma movimentação
Diferente do que fora anunciado na última visita técnica, realizada na sexta-feira (23), na maternidade da Zona Norte, não havia nenhuma equipe da Seinf no prédio nesta segunda-feira (2), para dar início ao suposto levantamento de necessidades e inícios das obras de reparo. “Primeiro sinal de que novamente o prazo não será cumprido. Quero questionar o Governo: sinceramente, quando esta maternidade será entregue para a comunidade? indagam os promotores.
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