Alvo de operação da PF, empresário foi afastado da FIEAP em 2019
Felipe Monteiro, que tentou também se eleger presidente do SEBRAE/AP cumpre afastamento disciplinar decidido em assembleia geral da Federação das Indústrias.
Da Redação
Mais do mesmo. É o que se pode dizer de mais uma operação da Polícia Federal (PF) em Macapá. E mais uma vez na FIEAP, a Federação das Indústrias do Estado do Amapá. Mais de trinta agentes da PF cumpriram oito mandados de busca e apreensão durante a segunda fase da Operação Sindicus, que mira empresas e escritório de advocacia nos municípios de Macapá, Santana e Mazagão. Felipe Monteiro, um dos alvos dos agentes federais, cumpre afastamento disciplinar desde o ano passado, depois que por 5 votos a 1 o Conselho de Representantes decidiu por sua suspensão da entidade por oito anos. No mesmo ano ele também tentou se eleger presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE Amapá, mas perdeu a disputa no voto e questiona o resultado na Justiça.
Segundo a PF, objetivo da operação Sindicus II é desarticular o que as investigações definem como “uma organização criminosa” que usava sindicatos de fachada para obter vantagens no estado. A operação ocorreu em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), visando por meio de busca e apreensão, o sequestro de bens e valores dos envolvidos na somatória de R$ 400 mil, devidamente autorizado por autoridade judicial, além da suspensão de atividades dos sindicatos.
Residência
A ação do fim da semana foi um desdobramento da Operação Sindicus, deflagrada em maio de 2019, que identificou o esquema criminoso. Segundo as investigações, sindicatos eram criados com o intuito de eleger um dos integrantes da organização para o cargo de presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amapá (FIEAP). “Com isso, eles visavam a administração do patrimônio da federação e a apropriação das contribuições sindicais pagas pelos seus filiados”, diz a PF em comunicado distribuído à imprensa local.
A investigação criminal constatou que os autores, mesmo após terem sido denunciados pela prática dos crimes de peculato, falsidade ideológica e organização criminosa, continuaram a empreender esforços para manutenção do engenhoso esquema criminoso. “Os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação documental e organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 18 anos de prisão”, encerra a Polícia Federal em nota.
Outro lado
A reportagem tentou ouvir os envolvidos, bem como as suas defesas, mas não obtivemos retorno em nossas ligações. Fontes ligadas ao atual presidente da FIEAP, Carlos José Rodrigues do Carmo, o Kalango, também não retornaram os telefonemas de nossa reportagem. Informações extraoficiais também dão conta de que alguns aparelhos celulares de envolvidos, suspeitos ou testemunhas foram apreendidos pela Polícia Federal, daí a suposta explicação para a falta de retorno dos telefonemas e mensagens.
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