Alvo de operação da PF, advogado quebra silêncio e rebate suspeitas sobre sua atuação
Jamison Monteiro, que também é juiz eleitoral, escolheu o programa Togas&Becas, na Diário FM, para apresentar sua defesa
Cleber Barbosa, da Redação
Depois de ter o próprio escritório como um dos alvos da operação “Medida por Medida”, da Polícia Federal em Macapá, o advogado Jamison Monteiro falou pela primeira vez sobre o ocorrido, à equipe do programa Togas&Becas sobre as providências que vem adotando para esclarecer o episódio.
Ele explicou que advoga para um grupo de postos de gasolina na capital e o IPEM [também alvo da operação] fez várias autuações sob a alegação de atos infracionais contra esses empreendimentos. “Foi então que em 2015 eu procurei o IPEM para fazer o parcelamento desses débitos objeto dos autos de infrações, sendo que uns eu fiz defesa administrativa e aqueles que já estavam julgados comecei a fazer o parcelamento, minha participação foi até aí, pois a quitação desses débitos ficaria a cargo da empresa”, disse ele.
Depois, disse, por outras atribuições profissionais, passou esse contrato com a rede de postos a um colega do escritório, chamado Luís, que assumiu a relação com o cliente.
Em 2016, diz ter sido notificado pela PF a prestar esclarecimentos, tendo ele comparecido à Superintendência no Amapá e tomou conhecimento pela delegada que o interrogou sobre o desaparecimento de processos no instituto de pesos e medidas. “Eu disse que não tinha conhecimento e sequer estava à frente da assessoria daquele grupo econômico e mesmo que soubesse não iria compactuar com isso, afinal havia possibilidades de defesa administrativa e até parcelamento da dívida”, recorda.
Campana
Este ano foi que veio a descobrir ser alvo de uma investigação da Polícia Federal e órgãos de controle, ao descobrir que a própria PF havia plantado possivelmente uma agenda travestida de funcionária dos Correios, bem como identificado outros policiais em campana às proximidades de sua residência, tirando fotos. “Fui então à própria Polícia Federal e registrei um B.O. sobre o que estava acontecendo e me coloquei à inteira disposição deles para quaisquer esclarecimentos, pois não tenho nada a temer”, disse o advogado – que também é juiz eleitoral.
Dias depois foi que veio a operação da PF em que foram cumpridos mandatos de busca e apreensão em sua residência e seu escritório.
Por fim, o advogado disse que considera totalmente descabida e desproporcional a atuação dos policiais federais envolvidos no seu caso, bem como a autoridade judicial que exarou decisão pelas diligências, que pretende além de reiterar os esclarecimentos que diz já ter prestado desde 2015, bem como a reparação da verdade.
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