Adrianna Ramos, secretária estadual de Políticas para Mulheres, divulga ações

Dia 27 de janeiro, o Núcleo de Acolhimento às Mulheres Amapaenses Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) fará um evento dedicado ao público alvo com serviços especiais.

Da Redação

Nesta segunda-feira (16), Adrianna Ramos, secretária estadual de Políticas para Mulheres (SEPM), divulgou durante entrevista no Programa Bancada Feminina, da Rádio Assembleia 93.3 FM, as ações da pasta para o primeiro semestre de 2023. Segundo ela, no dia 27 de janeiro, o Núcleo de Acolhimento às Mulheres Amapaenses Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) fará um evento dedicado ao público alvo com serviços especiais. “Vamos levar uma médica especialista em terapia hormonal, uma ginecologista, uma urologista, uma psicóloga e uma equipe do Superfácil para auxiliar com retirada de documentação”, explica a secretária. Ainda este mês, adianta, o foco será a saúde mental das colaboradoras da própria secretaria. “Estamos fomentando um momento de cuidado das equipes. Se a gente se cuidar melhor, cuidar melhor do outro também”, detalha.

Além desses projetos, Adrianna Ramos revela que outras novidades estão sendo estruturadas pela pasta. “Voltaremos em fevereiro com o Papo de Homem, em que psicólogos reúnem alguns homens para que eles possam repensar os motivos da violência. A secretaria trata mulheres, mas os homens também precisam ser educados sobre o tema.” Para ela, que já esteve à frente da Comissão de Direito das Mulheres e da Procuradoria da Mulher na Câmara dos Vereadores de Macapá, o maior trabalho será divulgar as ações estaduais. “É importante que a mulher saiba as políticas públicas que existem para elas, que conheçam seus direitos. A gente tem papel de educar. Se a mulher conhecer seus direitos pode decidir melhor o que quer da vida. Queremos acolher sem julgamentos”, afirma.

De acordo com a gestora, o enfrentamento da violência também passa por qualificação. “Muitas mulheres continuam em relacionamentos tóxicos porque não conseguem uma solução para atender as necessidades de seus filhos e suas. Elas não têm qualificação e não conseguem entrar no mercado de trabalho. Queremos mudar isso, inclusive estamos conversando com parceiros para ofertar, além de cursos, vagas exclusivas de trabalho para as mulheres da nossa rede.”

Sobre os Centros de Referências de Atendimento à Mulher (Cram) e os Centros de Atendimento à Mulher e a Família (Camuf) do Amapá, que estão vinculados à secretaria, Adrianna ressalta que eles são as portas de entrada dos atendimentos e serão ampliados. “A gente tem nesses espaços os serviços de assistência social, auxílio jurídico, psicólogos, enfermeira. E, se não tivermos como realizar o atendimento necessário, faremos o direcionamento”, enfatiza.

Conforme a gestora, outro importante projeto que deverá ser tirado do papel este ano será a Casa da Mulher Brasileira, avaliada em mais de R$4,5 milhões. O equipamento reunirá serviços especializados como acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, juizado especializado, brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transporte. “Já lançamos a pedra fundamental e já temos o terreno”, reforça. O atendimento psiquiátrico das detentas do sistema penitenciário do estado é ainda outra ação que Adrianna Ramos almeja colocar em prática no Amapá. “Elas já estão lá cumprindo uma sentença, às vezes não tem um colchão digno. Os relacionamentos são muito mais intensos lá dentro, é muito importante que a gente tenha esse acompanhamento, rodas de conversa, atendimentos.”

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