Chega a 3ª usina de oxigênio para garantir abastecimento em todo o estado
Após testes, maquinário instalado em Oiapoque entrará em atividade a partir de sábado, 17.
Da Redação
O Governo do Amapá realiza os testes finais para o funcionamento da terceira usina produtora de oxigênio hospitalar, que foi instalada no município de Oiapoque, no norte do estado. A previsão é que o maquinário entre em atividade a partir de sábado, 17.
Este terceiro equipamento vai reforçar o sistema de saúde que atende unidades públicas e privadas, que já recebem suporte de outras usinas já em funcionamento nos municípios de Macapá e Laranjal do Jari, assim garantindo o abastecimento do gás em todo o estado, um produto que é essencial para o tratamento de pacientes internados com o novo coronavírus.
Os maquinários foram enviados ao estado após solicitação do governador do Amapá, Waldez Góes, e articulação do senador Davi Alcolumbre junto ao governo federal. Uma quarta usina já está em tratativa para ser instalada em Santana no prazo de 30 dias.
De acordo com a secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a estrutura instalada em uma base do Hospital Estadual de Oiapoque tem capacidade de produzir 30m³ por hora, o que pode atender aproximadamente 100 leitos hospitalares.
Assistência em saúde
O funcionamento das usinas produtoras de oxigênio hospitalar possibilita a ampliação de leitos e o abastecimento de cilindros, o que pode evitar o colapso diante da ameaça da falta do produto, além de melhorar a logística de distribuição para atender todas as regiões do estado, principalmente os municípios localizados em áreas de difícil acesso, como Laranjal do Jari e Oiapoque, que passam a ter autonomia.
A primeira usina, com capacidade para produzir 40m³ de oxigênio por hora, entrou em funcionamento no dia 28 de março na Unidade de Pronto Atendimento de Laranjal do Jari, referência em atendimento de pacientes com o novo coronavírus, o que resolveu o problema assistencial do sul do Amapá onde vivem mais de 100 mil pessoas, possibilitando a ampliação de leitos na região, que agora conta com 28 leitos na UPA e 20 no Hospital Estadual. O equipamento abastece também unidades de saúde de Vitória do Jari e dá suporte a rede hospitalar do município de Monte Dourado, no Pará.
Desde que a usinas de oxigênio começaram a operar, os municípios têm suprido o próprio abastecimento. Em Laranjal do Jari, por exemplo, a secretaria de Estado da Saúde (Sesa) há 10 dias não envia mais cilindros para o local. No período anterior à instalação, as unidades assistenciais demandavam por semana o uso de 600 cilindros, além de uma logística de envio dificultosa.
“O Vale do Jari consumia, em uma semana, aproximadamente 600 cilindros e a logística de entrega era complexa, pois dependia de transporte terrestre, por meio de carretas, e também fluvial, através de balsas, e diversas vezes tivemos que utilizar meio aéreo. Mas, hoje, não temos mais demandas de envio de cilindros para a região”, disse o titular da Sesa, Juan Mendes.
O segundo maquinário, tem também capacidade para produzir 30m³ de oxigênio por hora, e está em operação desde o dia 10 de abril no Centro Covid Santa Inês, na capital. Inicialmente, o equipamento havia sido destinado ao Estado, mas diante da demanda municipal, o governador Waldez Góes assinou um decreto de cessão para a prefeitura de Macapá reforçar a retaguarda.
“Em Macapá, a necessidade era de cerca de 160 cilindros por dia para a prefeitura, agora [com o uso da usina] a média é de 15 cilindros por dia devido a produção e o abastecimento de outras unidades, além da ampliação de leitos, que possibilitou uma distribuição melhor de pacientes internados”, explicou Juan Mendes.
Medidas de proteção à vida
O Governo do Amapá a cada dia reforça mais o enfrentamento a covid-19 com medidas como o lockdown, pacote socioeconômico, garantia de mais vacinas, testes de antígeno, equipamentos de proteção individual, respiradores e usinas de oxigênio para cobertura da assistência à saúde em todo o estado.
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