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Novo decreto intensifica restrições e Waldez alerta prefeitos a não flexibilizar medidas

Autoridades recomendam medidas restritivas e reforço nos cuidados preventivos. Novo decreto do governador do estado foi assinado nesta terça-feira, 9, e é válido até 16 de fevereiro.

A variante do coronavírus que está presente na região norte é uma preocupação para o Amapá. Por esse motivo, seguindo orientação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Coesp), o governador do Amapá, Waldez Góes, não flexibilizará as medidas restritivas e também orientou os prefeitos dos 16 municípios a seguirem o decreto estadual, publicado nesta terça-feira, 9, que mantém suspensas aulas presenciais na rede de ensino pública e privada, entre outras proibições.

O estado está na classificação laranja da doença, que representa um risco moderado e, portanto, não possibilita nenhuma medida de flexibilização, assim, o decreto é válido até 16 de fevereiro. Principalmente, por conta da possibilidade de entrada da variante do vírus.

“Não podemos flexibilizar medidas, seguimos as orientações das autoridades de vigilância e saúde que recomendam com bases em análises científicas intensificar os cuidados preventivos. Seguiremos rigorosamente, cobrando das prefeituras que também sigam essas orientações”, disse Góes.

Os municípios da região metropolitana da capital – Macapá, Santana e Mazagão – são os que mais ameaçam a proteção do estado. O chefe do Executivo também alertou sobre flexibilizações, reforçando que os municípios não podem definir medidas que sobreponham o decreto estadual.

“Os decretos municipais não podem descumprir o estadual, os prefeitos têm autonomia para dentro das medidas estabelecidas, reduzirem ou ampliarem, desde que não ultrapassem o estabelecido pelo Estado. Não podemos comprometer todo o trabalho de enfrentamento e prevenção dessa doença por conta de um município”, afirmou o governador.

Permanecem proibidas as aulas presenciais na rede de ensino pública e privada em todo o estado, aglomeração de pessoas, atividades em clubes de recreação, bares, boates, teatros, casas de espetáculos, casas de shows, centros culturais, balneários públicos e privados com acesso ao público, clubes sociais e outros empreendimentos similares, incluindo eventos realizados em embarcações.

Também estão proibidas as competições de esportes coletivos e eventos em estádios de futebol, ginásios, quadras poliesportivas, praças e atividades que provoque aglomeração de pessoas. As prefeituras devem isolar essas áreas e sinalizar que o acesso está proibido. O limite máximo para funcionamento de estabelecimentos comerciais é até as 22h. O mesmo horário também é o limite para a circulação de pessoas em praças, calçadas e logradouros públicos, com exceção das que buscam serviços médicos ou essenciais.

Com o avanço da doença na região, quatro estados já anunciaram colapso na saúde: Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre. A preocupação das autoridades de saúde é que o efeito dominó chegue ao Amapá. Além disso, a dificuldade para adquirir insumos e medicamentos, caso o número de casos aumente como nos estados vizinhos.

“Ninguém imaginava essa situação crítica em Manaus, e nós temos a chance de evitar. Não podemos baixar nossa guarda, nem flexibilizar as medidas. Essa variante avança muito rápido, tem facilidade de circulação e exige uma alta demanda de oxigênio. A única maneira de evitar é mantendo o distanciamento social e para isso precisamos da colaboração da população”, alertou o Cel. Pedromar Valadares Melo, do Comitê Médico de Enfrentamento ao Covid-19.

Até o momento a única forma de evitar o contágio é adotando medidas de proteção como uso de máscara que é obrigatório, higienização e distanciamento social. O governo estadual também intensificará as ações de fiscalização e vigilância em saúde e estuda a adoção de bloqueios geográficos como o fechamento de portos, caso o distanciamento social e outras medidas preventivas não sejam cumpridas.

Participaram da videoconferência as prefeituras de Santana, Mazagão, Macapá, Amapá, Porto Grande, Calçoene, Oiapoque, Serra do Navio e Pedra Branca.

Carnaval

O ponto facultativo do período de carnaval também está suspenso em todo o estado, assim como festas e eventos carnavalescos. O consumo de bebida alcóolica nas ruas e espaços públicos neste período também está proibido. Medidas que visam reduzir a circulação de pessoas nas ruas, evitando o aumento de infecção da covid-19, conforme decreto publicado.

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