Amapá é o 15º que mais cura pacientes de Covid e o 2º em taxa de ocupação de UTI
Levantamento inédito aponta novos números sobre o combate à pandemia em todo o Brasil, estabelecendo relação entre os casos confirmados e os curados de Covid-19.
Lilian Azevedo, da Redação
O novo coronavírus foi detectado em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China, dando assim início aos primeiros casos da doença, que passou a ser chamada COVID-19. No Brasil, o primeiro caso registrado foi na data de 26 de fevereiro deste ano e o número atual de casos confirmados no país chegou a 978.142 sendo destes 47.748 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 22,7% e uma letalidade na ordem de 4,9%.
O vírus chegou ao Estado do Amapá com o primeiro caso registrado em 20 de março de 2020, sendo que atualmente o estado alcança a marca de 18.618 casos confirmados, sendo destes 338 óbitos, segundo o último boletim oficial divulgado pela Secretaria de Saúde (SESA).
O Amapá ocupa a 15ª colocação no levantamento nacional de pacientes recuperados a nível nacional, em um trabalho do portal ConexãoBrasília.com. O Estado começou a apresentar números positivos no combate ao covid19, atingindo a marca 46% dos casos recuperados e com o índice de letalidade em 1,87%, número abaixo do índice nacional que se encontra em 4.9%. A taxa de ocupação de leitos no Estado reduziu para 55%, o número de pessoas contaminadas pelo Covid-19 em isolamento hospitalar nas redes públicas e privadas está em 146 pacientes, dos casos confirmados 119 estão ocupando leitos públicos e 27 em rede particular.
Pessoas contaminadas e recuperados de Covid-19 nos Estados do Brasil
Estado | Nº de pessoas contaminadas | Nº de pessoas recuperados | Porcentagem de recuperação | Data de divulgação |
Rio Grande do Sul | 14.661 | 13.803 | 94% | 17/jun |
Pará | 74.192 | 63.944 | 86% | 17/jun |
Santa Catarina | 15.015 | 12.212 | 81% | 17/jun |
Rio de Janeiro | 86.963 | 69.559 | 80% | 16/jun |
Amazonas | 59.547 | 46.894 | 79% | 17/jun |
Alagoas | 22.199 | 17.065 | 77% | 17/jun |
Ceará | 84.967 | 62.218 | 73% | 16/jun |
Pernambuco | 47.446 | 30.767 | 65% | 17/jun |
Distrito Federal | 27.140 | 16.621 | 61% | 17/jun |
Tocantins | 7.573 | 4.435 | 58% | 17/jun |
Espírito Santo | 30.441 | 17.254 | 57% | 17/jun |
Minas Gerais | 23.347 | 12.695 | 54% | 17/jun |
Acre | 10.339 | 5.383 | 52% | 17/jun |
Mato Grosso do Sul | 4.164 | 1.969 | 48% | 16/jun |
Amapá | 18.618 | 8.528 | 46% | 17/jun |
Bahia | 40.926 | 17.886 | 44% | 17/jun |
Maranhão | 64.735 | 39.386 | 39% | 16/jun |
Rondônia | 13.567 | 4.832 | 36% | 16/jun |
Sergipe | 16.807 | 5.883 | 35% | 17/jun |
Mato Grosso | 7.124 | 2.401 | 34% | 17/jun |
Paraná | 11.085 | 3.294 | 30% | 17/jun |
Paraíba | 31.712 | 7.972 | 25% | 16/jun |
Roraima | 7.150 | 1.770 | 25% | 11/jun |
São Paulo | 191.517 | 34.599 | 18% | 14/jun |
Goiás | 12.236 | 2.074 | 17% | 16/jun |
Rio Grande do Norte | 15.212 | 1.993 | 13% | 16/jun |
Piauí | 11.559 | 734 | 7% | 16/jun |
Total | 935.689 | 452.767 |
Fonte: https://covid.saude.gov.br/
Taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o Brasil
Mato Grosso do Sul – 22% em todo o estado em 16/6
Amapá – 55,38% na rede pública e 58,38% na rede privada, em todo o estado em 15/6
Paraná – 58% em todo o estado em 17/6
Tocantins – 60% dos leitos ocupados em 3/6
Amazonas – 62% em UTI Covid e 66% em UTI não-Covid em todo o estado em 16/6
Santa Catarina – 63% do sistema público em todo o estado em 17/6
Goiás – 63,7% dos leitos de gestão estadual em todo o estado em 17/6
Piauí – 65,1% em todo o estado em 16/6
Paraíba – 67% em todo o estado em 17/6
Sergipe – 67,6% na rede pública e 96,3% na rede privada em todo o estado em 14/6
Pará – 68,4% em todo o estado em 17/6
Minas Gerais – 70,5% em todo o estado em 10/6
Ceará – 72,48% em todo o estado em 17/6
Rio Grande do Sul – 72,7% em todo o estado em 17/6
Maranhão – 73,83% em todo o estado em 17/6
Bahia – 75% em todo o estado em 17/6
Mato Grosso – 76,6% em todo o estado em 17/6
São Paulo – 77,1% em todo o estado em 16/6
Rondônia – 77,4% em todo o estado em 17/6
Distrito Federal – 79% na rede privada e 60% na rede pública em 14/6
Rio de Janeiro – 80% em todo o estado em 9/6
Pernambuco – 82% em todo o estado em 17/6
Alagoas – 85% em todo o estado 17/6
Espírito Santo – 85,54% em todo o estado em 14/6
Rio Grande do Norte – 88% na rede pública e 62% na rede privada em todo o estado em 10/6
Acre – 89,5% em todo o estado em 15/6
Fonte: https://g1.globo.com/
Maior testagem e represamento de exames
O superintendente da Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, explicou em entrevista à Diário FM que o índice elevado está ligado à maior capacidade de testagem. “Precisamos ter tranquilidade para interpretar esses dados. É assim: quem testa mais, identifica mais casos e tem condições de tratar rapidamente. Nós não atuamos no sentido de trabalhar esses dados de maneira alarmante, nossa interpretação acerca disso é que nós temos várias situações, uma delas é um aumento no número de testagem rápida. Quando a Prefeitura de Macapá aumenta a capacidade de atendimento nas suas unidades, a capacidade de testagem é maior; e quando o governo disponibiliza 10 mil testes rápidos, automaticamente teremos uma expansão ágil no número”, explicou Dorinaldo Malafaia.
O superintendente também afirmou que o aumento da capacidade de testagem era uma das condicionantes para a reabertura gradual das atividades econômicas nos municípios. “A Organização Mundial da Saúde orienta seis critérios que devem ser avaliados antes da flexibilização da quarentena, um deles é justamente possuir um sistema de saúde capaz de identificar, testar, tratar e isolar os pacientes e quem teve contato com estes. O segundo critério é garantir locais de trabalho com condições de proteger as pessoas, na medida em que elas retornam essas atividades comerciais. E nós observamos tudo isso para chegar ao decreto”, complementou.
Hospital Universitário (HU)
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