Comitê científico orientou lockdown no Amapá após aumento de 217% de infectados
Baixo percentual de isolamento social também é um dos fatores que apontam para as medidas mais severas.
O Amapá chegou a marca de 3.630 casos confirmados de covid-19 nesta sexta-feira, 15, e o Comitê Científico de combate ao coronavírus orientou ao Governo do Estado do Amapá, a intensificação das medidas de isolamento social, através de medidas impositivas e restrições mais severas à circulação e aglomeração de pessoas, conhecidas como lockdown.
O parecer pontua que o Amapá é o estado brasileiro com o maior taxa de contaminação por covid-19, com 355,3 a cada 100 mil habitantes. Há ainda 6.235 casos notificados que aguardam resultado dos exames laboratoriais.
Importância do isolamento
O parecer dos técnicos reafirma a importância do isolamento e que é possível afirmar que as medidas adotadas até aqui foram fundamentais para evitar que o quadro não seja pior. Contudo, faz uma ressalva. “Considerando a relação inversamente proporcional da curva de crescimento acentuado dos casos, com a expressiva queda no percentual de isolamento social no Amapá nas últimas semanas, oscilando abaixo de 50%, que para ser efetivo na contenção da propagação acelerada do vírus SARS-CoV-2, o nível de isolamento social precisará atingir patamares acima de 70%”, diz trecho do documento.
Incidência nos bairros de Macapá
O parecer técnico-científico também traçou um mapa dos bairros da capital amapaense mais afetados pela covid-19 até a quinta-feira, 14.
- O bairro central tem 204 casos confirmados;
- Buritizal 135;
- Novo Buritizal 123;
- Santa Rita 121;
- Pacoval 95;
- Congós 77;
- Novo Horizonte 71;
- Beirol 68;
- Universidade 75;
- Perpétuo Socorro 73.
Pelos motivos colocados e com a iminência do colapso da rede de assistência em saúde estadual, o documento aponta o lockdown como medida a ser adotada pelos agentes públicos. “Nesse contexto, este parecer técnico-científico, aponta para, dentre outras medidas, a necessidade de intensificação e acirramento nas medidas de prevenção coletiva baseadas em isolamento social provisório impositivo, para o impedimento de aglomerações, e ações efetivas que venham desestimular a circulação de pessoas em vias públicas, com a implantação do lockdown”, conclui a recomendação.
Assinam o parecer Dorinaldo Malafaia, superintendente da Vigilância em Saúde Estadual e a doutora em agentes biológicos infecciosos e parasitários, Margarete do Socorro Gomes.
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