Clécio: “Os números que pareciam distantes viraram nomes de pessoas conhecidas”

Prefeito de Macapá diz no rádio que os sepultamentos quase diários demonstram gravidade da pandemia no Amapá e ratifica medidas de isolamento

Cleber Barbosa, da Redação

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE) voltou ao rádio nesta quarta-feira (29) para fazer novo apelo para a população seguir as recomendações de distanciamento social preconizadas pelas autoridades em saúde. Ele diz que os números da pandemia, que antes pareciam algo distante dos amapaenses, viraram nomes, e nomes de pessoas conhecidas, amigos e familiares de algum morador da cidade e o Amapá hoje é o estado com maior índice de infestação per capita do Brasil.

Ele comentou a respeito do ranking nacional com o levantamento dos casos confirmados da doença, que coloca a região Norte do país como o novo epicentro da pandemia, um destaque negativo que pode ser explicado pelo esforço em realizar o máximo de testagens na população. “Na verdade, esse quadro está sendo impulsionado pela situação grave dos nossos vizinhos do Pará e Amazonas, onde a rede de atendimento já colapsou. Aqui nós temos a maior taxa de infecção por grupo de 100 mil habitantes, mas temos uma taxa razoável de internação e também baixa de mortes em relação ao número de infectados”, ponderou.

Clécio disse que essa relação se justifica pelo esforço em tratar os doentes de Covid-19 no Amapá, sendo que no município a triagem é feita nas unidades de saúde Marcelo Cândia e Lélio Silva, que ao identificar casos suspeitos coloca em isolamento e passa a acompanhar.

A recomendação para as pessoas mais conscientes que se vêm acometidos da doença é permanecer em isolamento domiciliar, se alimentar melhor, dependendo do caso começa a receber certa medicação, evita ir para a chuva ou sol, bem como esforço físico e já projete a própria família. “É isso que tem evitado internação e óbito, porém a taxa está crescendo muito e se nós continuarmos nesse ritmo vamos sim no mesmo caminho de Belém, de Manaus e dos piores lugares, pois nossa curva de infecção é altíssima”, alertou.

O gestor municipal falou ainda sobre as comparações iniciais feitas entre Macapá e as demais capitais da Amazônia, que no começo apresentavam um percentual até menor, mas a explicação segundo ele é mesmo pela maior testagem. “Aqui a gente está acompanhando, a gente não está omitindo números e estamos fechando aquelas atividades [comerciais] não essenciais, pois como isso não aconteceu nesses outros lugares está aí a maior tristeza e é por isso que a região Norte é o epicentro da doença pela tragédia vista em Manaus e em Belém, infelizmente, com a gente com uma alta taxa de infecção”, completou.

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