Marinha monitora possível chegada de mancha de óleo na Costa do Amapá
Cleber Barbosa, da Redação
Uma grande operação da Marinha do Brasil e diversas agências monitora o deslocamento das manchas de óleo que atingiram praias do Nordeste e que podem chegar à Amazônia, em estados costeiros como o Amapá. Como parte da estrutura organizacional da Marinha, o 4º Distrito Naval, sob o comando do vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, é o coordenador operacional regional responsável pela atuação nas áreas de jurisdição dos estados do Pará, Maranhão, Piauí e Amapá. Segundo o comando das operações, tais regiões foram pouco atingidas pelo desastre, mas que devido a gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e quantitativo que for necessário.
A primeira fase da “Operação Amazônia Azul – Mar limpo é vida” já está em curso na área de Jurisdição do Comando do 4º Distrito Naval e uma grande operação está sendo montada com o emprego de navios, helicópteros e tropas especializadas, conforme relação apresentada pela assessoria de imprensa da Marinha na Região.
Meios empregados
NA Pará, NPa Bocaina, NApOc Iguatemi, NpaBracuí, NPa Guanabara, NPa Guarujá, NPa Pampeiro, NAsH Oswaldo Cruz, NAsH Soares de Meirelles, NAsH Montenegro, NAsH Carlos Chagas, NPaFlu Roraima, NpaFlu Rondônia, três Helicópteros H-15 , três Helicópteros H-12 e também o emprego de tropas de Fuzileiros Navais e mergulhadores. “Através desta megaestrutura operacional, a Marinha pretende intensificar as inspeções navais, monitorar diariamente as praias para verificar a presença de manchas de óleo e promover a limpeza das praias caso haja surgimento de novas manchas”, informa o almirante Newton.
Ministro da Defesa
Diante do contínuo aparecimento de manchas de óleo, derivadas de petróleo, em vários pontos da costa brasileira, com foco na área do litoral nordestino e que vem ocorrendo desde o mês de setembro, o Ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva, por meio do acionamento do Plano Nacional de Contingência, autorizou em decreto do dia 23 de outubro de 2019 a execução da Operação Amazônia Azul.
Esta grande operação é conduzida pelos Ministérios da Defesa e do Meio ambiente e a coordenação operacional foi designada a Marinha do Brasil sob o comando do Almirante de Esquadra Leonardo Puntel (Comandante de Operações Navais). As determinações ministeriais englobam:
– Disponibilização de recursos operacionais e a estrutura organizacional da Marinha do Brasil para o desenvolvimento da operação;
– Realização de ações de monitoramento, busca e esclarecimento marítimo, que contribuam para a localização de manchas de óleo, derivadas de petróleo em toda costa brasileira.
– Manter ligação com os órgãos e agências governamentais de caráter ambiental de demais instituições envolvidas, para a coordenação e cooperação nas ações.
– Unificar forças com os órgãos pertinentes para o levantamento da origem e dos responsáveis pelo provável derramamento de óleo, derivado do petróleo.
– Cooperar com os órgãos pertinentes para a remoção de manchas de óleo das praias e das águas jurisdicionais brasileiras atingidas.
Gerenciamento de Crise
Como previsto no PNC, para a gestão de ações de resposta e elucidação dos fatos, foi criado o Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Na prática, a limpeza e monitoramento das praias é efetuada do nascer ao pôr do sol, diariamente, com a participação de todos os órgãos envolvidos no trabalho como: Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, ICMBio, Polícia Federal, Petrobras, Defesa Civil, assim como, diversas
instituições e agências federais, estaduais e municipais, além de empresas e universidades. Ao final do dia, essas informações são computadas pelos órgãos responsáveis e enviadas ao GAA, para consolidação.
Para mais informações, acesse o site: https://www.marinha.mil.br/manchasdeoleo