Janeiro Branco: Palestra aborda saúde mental e impactos na família
O evento foi realizado no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), com público formado por servidores, acadêmicos e profissionais de saúde.
Da Redação
Saúde Mental e Relações Parentais foi o tema da palestra realizada nesta quarta-feira (10) dando início às ações do Ministério Público do Amapá (MP-AP) referentes ao Janeiro Branco, mês dedicado ao tema.
O psicólogo Washington Brandão, coordenador do Ambulatório de Atenção à Crise Suicida (AMBACS), da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), e a enfermeira e professora universitária Samea Pimentel, ministraram as palestras, uma iniciativa dos Centros de Apoio Operacionais da Cidadania (CAO-Cid) e da Saúde (CAO-Saúde) e AMBACS.
O evento foi realizado no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), com público formado por servidores, acadêmicos e profissionais de saúde. Presentes na mesa de abertura, a promotora de justiça Christie Girão, chefe de gabinete da PGJ, representando o procurador-geral do MP-AP, Paulo Celso Ramos; a procuradora de justiça e coordenadora-geral dos Centros de Apoio Operacional, Judith Teles; os promotores de justiça da Saúde, Wueber Penafort, coordenador do CAO-Saúde, e Fábia Nilci, coordenadora do CAO-CID; o psicólogo Washington Brandão, e a secretária de Saúde de Macapá, Érica Aymoré.
Os palestrantes abordaram o tema saúde mental sob a ótica familiar e os reflexos nas relações. Samea Pimentel instigou o público a pensar sobre o ciclo da vida familiar, e as várias definições de família, além de outros aspectos. Washington Brandão discorreu a respeito dos estilos parentais e suas características, e as consequências dos conjuntos de comportamentos e atitudes na interação entre pais e filhos.
“Temos que planejar estratégias de formação continuada, esse tipo de ação tem consequências positivas nas relações familiares, e a família é a base de tudo. Por isso estamos aqui hoje, e daremos continuidade ao atendimento psicológico itinerante nos bairros, em parceria com o MP-AP, para ouvir. É preciso que as pessoas se comuniquem, falem de seus problemas”, disse o palestrante Washington.
A promotora Fábia Nilci enfatizou que o evento é uma das ações voltadas à saúde, que precisa ser cuidada em sua totalidade. “O ser humano precisa ser pensado de forma geral. Somos emoções. Temos que refletir e, se preciso, recomeçar. O SUS avançou, mas é preciso mais para dar apoio aos que estão em sofrimento mental e necessitam de amparo”.
Para o promotor Wueber Penafort, começar o ano com esta palestra, firma o compromisso com a saúde pública e incentiva a comunicação e identificação de problemas de saúde mental, como a depressão.
Érica Aymoré informou que as 23 Unidades Básicas de Saúde (UBS) prestam atendimento psicológico e que o município tem tomado medidas de gestão para dar suporte às pessoas que sofrem com problemas relacionados à saúde mental. “Este não é um problema somente da área de saúde, por isso há ações também na educação, assistência social, urbanismo, mobilidade, cultura, para que o cidadão tenha acesso com facilidade”.
Atuação Pela Vida
O MP-AP, em parceria com a AMBASC/UNIFAP, mantém, desde 2019, o programa Atuação pela Vida, com ações de capacitações, escutas itinerantes e campanhas de sensibilização, cujo objetivo principal é incentivar o diálogo e prevenir o suicídio. Durante o ano todo são realizadas Escutas Itinerantes em ambientes públicos como escolas, onde psicólogos e acadêmicos oferecem acolhimento e encaminham aos órgãos das redes de apoio.
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