Deputadas do Amapá se juntam a trabalhadoras rurais na Marcha das Margaridas
Agência ALAP
Saúde, educação, escoamento da produção e o direto de viver sem violência foram algumas das reivindicações defendidas pelas trabalhadoras rurais do Amapá, durante a Marcha das Margaridas, realizada nesta quarta-feira (14/8/2019), em Brasília. As feministas ganharam o reforço das deputadas Cristina Almeida (PSB), Edna Auzier (PSD) e Aldilene Souza (PPL) da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência Contra a Mulher e pela Redução de Feminicídio da Assembleia Legislativa. As parlamentares se engajaram na luta por uma vida melhor no campo, nas águas e nas florestas.
A manifestação, conhecida como Marcha das Margaridas, ocorre desde 2000. O grupo deixou o Pavilhão do Parque da Cidade por volta das 7h30. De lá, seguiu pelo Eixo Monumental em direção ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados. As representantes amapaenses se juntaram a agricultoras familiares, ribeirinhas, quilombolas e extrativistas de outras partes do país, formando uma grande multidão em busca de seus direitos.
O tema do protesto deste ano é “margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. Na pauta também estão o combate à pobreza e o enfrentamento aos casos de feminicídios. “A mulher, em especial a amapaense, tem sofrido muito, seja no campo ou na cidade. As conquistas que as mulheres alcançaram foram por meio da luta. A marcha mostra a força da mulher, aqui às reivindicações são justas por saúde, educação, melhorias no campo, dignidade e o nosso direto de viver sem violência”, destacou a deputada Cristina Almeida, coordenadora da Frente.
Para a vice-coordenadora da Frente, deputada Edna Auzier, a luta sempre será por um país com soberania popular, democracia e justiça. “Vamos lutar para que as mulheres tenham os seus direitos respeitados, por dignidade no campo para que as trabalhadoras rurais possam plantar, colher e escoar a produção, seus filhos possam estudar, ter educação, saúde, e vamos com elas nesse caminhar”, enumerou.
Para a deputada Aldilene Souza (PPL), integrante da Frente, o movimento é uma demonstração de que as mulheres estão unidas e a Frente Parlamentar da Mulher passa a ser um instrumento importante para que as reivindicações possam chegar aos chefes de poderes para que se juntem a elas nas conquistas das melhorias pelas quais lutam. “Esse é o nosso papel, mais do que participar, vamos em busca das alternativas para que as reivindicações possam ser atendidas, para que a mulher do campo possa viver dignamente do seu trabalho, assim como todas as outras, independente do lugar onde esteja”, esclareceu.
As parlamentares irão apresentar e entregar ao presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), as principais solicitações feitas pelas trabalhadoras rurais amapaenses nas áreas da saúde, educação e tecnologia.
Marcha das Margaridas
O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas.