Curso no MP-AP capacita membros e servidores para atendimento às vítimas de crimes violentos
Promovida pelo Centro de Apoio Operacional Criminal, a capacitação terá duração de quatro dias, com carga horária de 20h/aula.
Da Redação
Capacitar membros e servidores do Ministério Público do Amapá (MP-AP) para que realizem atendimento especializado às vítimas de infrações penais e atos infracionais é o objetivo do curso “Atendimento Humanizado às Vítimas de Crimes Violentos”, iniciado nesta segunda-feira (16), no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco. Promovida pelo Centro de Apoio Operacional Criminal, a capacitação terá duração de quatro dias, com carga horária de 20h/aula.
O coordenador das Promotorias de Justiça Criminais, promotor de Justiça Jander Vilhena, fez a apresentação das palestrantes convidadas e especialistas no tema: juíza da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, Larissa Muniz, e a psicóloga Glaucia Orth, e falou sobre a importância dessa abordagem ser qualificada, principalmente, para quem está na ponta fazendo a recepção dessas pessoas.
Para a coordenadora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), Socorro Milhomem Moro, é necessário debater cada vez mais o tema, que deve ser prioridade não só pelo Ministério Público, mas também por toda a sociedade. “Essa pessoa, vítima de um crime, tem que ter apoio das instituições e deve se sentir acolhida. É por isso que nós estamos aqui, com essas competentes especialistas, realizando este curso tão importante, para nos capacitar cada vez mais e podermos trabalhar efetivamente nessa questão”, afirmou.
As instrutoras, Larissa Muniz e Glaucia Orth, disseram que o curso é voltado para pensar as necessidades nesse âmbito da saúde mental e como isso está relacionado também a um sentimento maior de satisfação com a justiça. “Então, a ideia nossa aqui é muito pragmática. Nós vamos trabalhar em dupla e, ao final, pretendemos que as pessoas que estão no curso estejam aptas a pensar em núcleo de atendimento às vítimas sob a batuta do Ministério Público do Estado do Amapá”, ressaltaram.
O coordenador do CAO-Criminal informou que solicitou a realização do curso no intuito de melhorar o acolhimento das vítimas no âmbito do MP, atendendo a Resolução 243/21 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Cabe ao Ministério Público, como promotor da Justiça, representar e defender as vítimas nos processos criminais. O curso é voltado, prioritariamente, para as Promotorias Criminais, a fim de atenderem de modo humanizado às vítimas de crimes violentos, oportunizando um acolhimento de maneira que se sintam amparadas no âmbito da Justiça Criminal”, destacou Horácio Coutinho.
O procurador-geral de Justiça, Paulo Celso Ramos, deu boas-vindas às palestrantes e participantes e falou da importância do aprendizado para a instituição.
“Eu sei que vocês estão aqui, mesmo com muitos processos, muita coisa para fazer, mas é sempre bom dedicar um pouquinho de tempo para esse aprendizado que é primordial para a atuação ministerial. Tenho certeza que o conteúdo será o melhor possível e vocês poderão realmente aproveitar o máximo. Um excelente curso a todos”, manifestou o PGJ.
Capacitação
O curso “Atendimento Humanizado às Vítimas de Crimes Violentos”, objetiva proporcionar aprendizado sobre o alcance da violência na vida das vítimas diretas e indiretas, buscando compreender quais são suas necessidades, quais eventos podem ser traumáticos e as consequências psicológicas, físicas, sociais e financeiras que resultam destas experiências. Ao compreender este universo, o curso também apresenta estratégias de abordagem para acolhimento e atendimento humanizado de vítimas no âmbito do sistema de justiça.
Participam do curso as promotoras de Justiça Sílvia Canela, Fábia Nilci, Klisiomar Lopes e Samile Alcolumbre, bem como servidores dos Centros de Apoio Operacional Criminal, Infância e Juventude, da Cidadania, do Centro de Atendimento às Vítimas “Nós Pertencemos” (CAVINP), do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas (NMCPR) e Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA).
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