Mulheres negras participam de Roda de Conversa promovida pelo MP-AP
O tema da Roda de Conversa "Mulher Negra: Celebrando a Ancestralidade e Fortalecendo a Identidade".
Da Redação
O diálogo sobre respeito, intolerância, violência, resistência, racismo e preconceito aconteceu na segunda-feira (31), na Roda de Conversa em referência ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. Representantes de religiões de matriz africana, movimentos sociais e educadores discutiram os temas com a promotora de justiça Fábia Nilci, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAO Cidadania), Alzira Nogueira, socióloga, e técnicos do Ministério Público do Amapá (MP-AP).
O evento ocorreu no Complexo Cidadão Zona Norte, por iniciativa do CAO da Cidadania (CAO-Cid). O tema da Roda de Conversa “Mulher Negra: Celebrando a Ancestralidade e Fortalecendo a Identidade”, foi discutido com foco nos objetivos de promover o encontro, reflexão e celebração das histórias sobre o poder das mulheres negras, compartilhar experiências e também aprendizados.
A promotora Fábia Nilci fez a abertura do encontro, ressaltando que o MP-AP é um órgão aberto ao diálogo e comprometido com a promoção da justiça social, sempre disponível para escutar, informar e adotar medidas cabíveis. “Reunir estas mulheres e homens com representatividade nas lutas sociais é muito importante, porque precisamos de todos nesta caminhada, que é muito longa, precisamos que compartilhem suas vivências. Somente assim avançaremos. Já garantimos muitas conquistas, mas a luta ainda não acabou, nem para o MP-AP tampouco para a sociedade”.
A Roda de Conversa foi formada por representantes da Central Única das Favelas (CUFA), Associação Mãe Venina do Curiaú, Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena), Superintendência de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Núcleo de Estudo Afro Brasileiro (NEAB/Unifap), Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana do Amapá (FONSAPOTMA).
Poesias com expressões de mulheres negras, experiências, saudações em reverência aos ancestrais fizeram parte da dinâmica, pautada em cinco eixos: Autocuidado e Afeto Entre Mulheres Negras e a Construção da Resistência, O Crescimento da Violência Doméstica e Sexual Contra Mulheres e Meninas Negras, Combate ao Racismo, Inserção no Mundo do Trabalho, e Insegurança Alimentar nas Periferias. Os temas foram tratados com base em vivências dos participantes e em suas comunidades.
“É uma conquista para nós, povos de religiões de matriz africana, estarmos neste ambiente, Ministério Público do Amapá, com o respeito de promotores e servidores, sermos bem recebidos e acolhidos”, disse a mãe de santo Carmem Sheila de Oyá. Representando o Imena, Cristina Almeida reforçou a importância de estar na Roda. “Estamos no MP-AP exercendo nosso direito de ir e vir, aqui, em um órgão com uma forte representatividade na sociedade, e que sabemos ser um defensor de nossas lutas”.
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