Central do Marabaixo levou degustação da tradicional gengibirra nos três dias de festa
Feita com gengibre, açúcar e aguardente, a iguaria é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Amapá.
Da Redação
A Central do Marabaixo ofereceu aos visitantes a degustação da gengibirra, uma bebida reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Amapá e que é feita à base de gengibre, açúcar e aguardente. A professora Ada Pontes aproveitou a visita ao espaço para conhecer a iguaria tradicional das comunidades negras do estado.
“É uma satisfação poder provar e também conhecer mais dessa legítima manifestação cultural amapaense”, aprovou a educadora, que ressaltou ainda que conhecer a iguaria também permite se aprofundar sobre a história afro-amapaense.
A bebida foi distribuída aos visitantes dos barracões instalados no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá, durante a abertura do Ciclo do Marabaixo 2023, que ocorreu de sexta, 31 de março, a domingo, 2 de abril, com apoio do Governo do Amapá.
Nas rodas de marabaixo, a gengibirra serve como “combustível” para festeiros e para “curar” a garganta dos cantadores de ladrões (músicas).
Desde 2019, a bebida é considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Amapá, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No estande do grupo Berço do Marabaixo, um detalhe chama ainda mais a atenção: a bebida é servida no alguidar (utensílio de barro), como nos velhos tempos. Aliás, a prática de fabricar a bebida mudou com o passar dos anos, mas a essência não. Antigamente, era preciso esperar o gengibre fermentar, agora, o preparo se tornou mais rápido, com o uso do liquidificador.
“Aqui, estamos fazendo um resgate. Rememorando a forma antiga de fazer e servir a gengibirra. Servir no alguidar mostra a fartura e a tradição e compartilhar isso com o nosso público é melhor ainda. A aceitação é muito grande”, diz Valdinete Costa, representante do grupo.
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