Intérpretes de Libras e Audiodescritores promovem acessibilidade em sessões do TJAP
Os profissionais dessas áreas que trabalham no TJAP atuam nas sessões judiciais, cerimônias e eventos do Poder Judiciário do Amapá.
Da Redação
Erick Renan é intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) de Sinais há quatro anos. Seu interesse pela Libras surgiu em 2016, quando resolveu fazer curso de extensão “Libras para comunidade”, promovido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). No ano seguinte estudou até se formar no curso Letras-Libras da instituição e, desde então, vem atuando como professor e intérprete de Libras no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).
“A nossa equipe tem um bom número de integrantes, durante a sessão nós fazemos um rodízio de 20 minutos para casa intérprete”, explica Renan. Ele observa que muitas pessoas acham que o trabalho é simples, mas garante que é muito cansativo e exige muito do corpo e mente para ser realizado. “Com a nossa equipe em rodízio, podemos produzir um conteúdo de qualidade e da melhor maneira possível”, conclui.
A equipe que atua na instituição ainda conta com Jayanne Pontes Antunes e Erika Figueiredo. Jaynne se formou na Unifap em Letras-Libras, foi professora do projeto Libras para a comunidade e fez pós-graduação para se tornar intérprete.
A professora relata que o seu interesse surgiu quando estava concluindo sua primeira graduação em Educação Física e teve a disciplina de Libras. “Foi amor à primeira vista me apaixonei pela matéria e resolvi iniciar o curso no ano de 2013”, relata.
Erika Figueiredo afirma que sempre teve facilidade com o estudo de línguas, por isso escolheu a graduação Letras-Libras. Por meio de cursos a intérprete se habilitou a desenvolver essa função. Após iniciar suas atividades no TJAP, Érica se aperfeiçoou na linguagem jurídica para desenvolver sua função com capricho.
Audiodescrição
A coordenadora do grupo de audiodescrição que atua no TJAP, Elza Lopes, tem 20 anos de estudos na área, já fez cursos no Rio de Janeiro e outros estados brasileiros, participou de palestras nacionais e internacionais. Atualmente a audiodescritora faz palestras no estado e ajuda a desenvolver a profissão.
“Esse trabalho não é só para a educação, ele abrange diversos espaços no estado, como acontece hoje aqui no TJAP. É importante levar isso com muito profissionalismo, porque as pessoas que vem ao tribunal precisam compreender tudo que acontece”, concluiu Elza.
Durante a Sessão da Secção Única, realizada na quinta-feira (07), a nova audiodescritora da instituição, Edilana Vitória, fez a sua estreia. Ela vinha fazendo parte de um treinamento intensivo de dois meses com Elza e afirmou estar muito contente por participar da equipe desenvolvendo uma função crucial
TJAP Acessível
A acessibilidade é um dos principais fatores para que todos os membros da sociedade tenham os seus direitos garantidos. Por isso, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) conta com um grupo de audiodescritores e intérpretes de Libras, o que visa tornar a instituição completamente inclusiva. Os profissionais dessas áreas que trabalham no TJAP atuam nas sessões judiciais, cerimônias e eventos do Poder Judiciário do Amapá.
A audiodescrição é um recurso de inclusão que torna mais acessíveis filmes, cerimônias e sessões judiciais às pessoas com deficiências visuais por meio da tradução de imagens em palavras.
A Língua Brasileira de Sinais é a forma que pessoas surdas ou com deficiência auditiva podem se comunicar em sociedade, pois utiliza as mãos e os dedos para produzir gestos em substituição a língua oral.
Segundo o IBGE, há no Brasil cerca de 10 milhões de pessoas com alguma categoria de deficiência auditiva e 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. Com essa equipe especializada, o TJAP garante o direito das pessoas com deficiência que precisam da instituição.
Publicidade (x)